Sempre destacamos que a qualidade de um projeto de arquitetura de interiores e de suas soluções influenciam de forma significativa a produtividade e a qualidade do trabalho nos ambientes corporativos. Porém, a qualidade ergonômica associada aos projetos e também às obras corporativas que os implantam, tem um peso muito importante nos resultados conquistados.
Quando entendemos Ergonomia como “a relação de um indivíduo com os elementos que o rodeiam”, podemos questionar facilmente a eficiência ergonômica de muitos ambientes de escritório.
Entendemos que “nestes ambientes, há três grupos principais de vetores ergonômicos: os relacionados com a visão; os que se relacionam com a atividade do dia a dia e finalmente, os ligados ao suporte do corpo humano. Os que influenciam a visão são principalmente a iluminação, as telas de computador e a postura do trabalhador. Os linkados às atividades diárias são mais complexos e compreendem elementos físicos e os tipos de atividade. Os elementos de suporte são os móveis e as cadeiras.
Nestes dois últimos grupos encontramos a maior quantidade de problemas. O ideal é que as atividades de uma pessoa sejam desenhadas adequadamente, que ela possa variar sua postura com frequência e que tenha um ambiente de trabalho agradável. Para desenvolver suas tarefas, é indispensável que seja dado ao ser humano o suporte adequado.
Quando se toma a decisão de mobiliar um escritório – o que envolve elementos de suporte para o corpo humano – define-se entre outras coisas, a qualidade ergonômica do ambiente. Vale ressaltar que isto envolve uma enorme responsabilidade uma vez que determinada opção de mobiliário define por quanto tempo uma pessoa pode permanecer no seu posto trabalhando produtivamente sem interrupções indesejáveis em função da falta de eficiência ergonômica em seu posto de trabalho.
Portanto a condição ergonômica influencia o desempenho das empresas. Ajuda a definir se elas irã usufruir de maior produtividade ou se serão obrigadas a gastar recursos para solucionar problemas de saúde e desempenho de suas equipes.
Infelizmente percebe-se que em muitos casos decisões como essa ainda dependem mais de preço do ativo do que de o valor que ele representa na equação final.
Lembremos que o custo de reabilitar uma pessoa lesionada, por fatores ergonômicos, é altíssimo, isto sem incluir o custo social de uma pessoa incapacitada, mesmo que temporariamente.
Por isso, cada vez que se considera o mobiliário como “commodities”, confirma-se o desconhecimento do enorme impacto econômico e social que a boa ergonomia tem sobre as pessoas e organizações.
Quando uma empresa compra uma máquina de alto custo, faz uma análise cuidadosa das opções, incluindo qualidade, produtividade, garantias, serviço etc. O que todos querem é que esta decisão tenha bons resultados econômicos. No caso da compra de mobiliário, o preço é somente uma parte do todo a ser analisado. Existe um custo futuro que depende da qualidade da decisão de compra uma vez que esta terá um importante impacto produtivo dentro dos ambientes corporativos.
Benefícios da ergonomia
- Aumenta a disposição para o trabalho, consequentemente melhora o desempenho pessoal e corporativo;
- Previne lesões relacionadas ao trabalho;
- Previne dores e patologias decorrentes de uma postura inadequada relacionada ao trabalho;
- Melhora o clima organizacional, pois toda a equipe é incentivada e valorizada dentro de suas necessidades individuais, fazendo com que o ambiente se torne mais amigável.
- Redução do absenteísmo;
- Adequa a empresa à legislação;
- Redução dos custos da empresa