Metade das grandes multinacionais planeja cortar espaços corporativos nos próximos três anos

Pesquisa mostra como as empresas adaptam os ambientes corporativos às mudanças nos padrões de trabalho.

Pesquisa da Bloomberg indicou que grandes empresas pretendem reduzir o espaço de escritório entre 10 e 20%.

Cerca de metade das grandes multinacionais planejam reduzir o espaço de escritório nos próximos três anos, à medida que se adaptam ao aumento do trabalho em casa (home office) resultante da pandemia.

Uma pesquisa da Knight Frank com executivos encarregados de imóveis em 350 empresas em todo o mundo que juntas empregam 10 milhões de pessoas descobriu que, entre os principais grupos que estão reduzindo os ambientes, o maior número pretendia reduzir o espaço em 10 a 20 por cento.

A perspectiva de grandes empresas fazendo mais cortes no espaço de escritórios gerou preocupações sobre o futuro de prédios antigos e locais impopulares, enquanto o mercado imobiliário comercial negocia uma dolorosa recessão provocada por taxas de juros mais altas.

Quase metade das empresas pesquisadas também planeja mudar de sede nos próximos três anos. No entanto, a maioria das empresas menores está planejando expandir seu espaço de escritório.

Isso porque muitas empresas pausaram as decisões imobiliárias nos últimos três anos, esperando para avaliar os hábitos de trabalho pós-pandemia. Muitos ainda teriam que esperar que seus aluguéis expirassem antes de fazer alterações.

As empresas estão adotando abordagens diferentes para trabalhar em casa. A BlackRock, gestora de investimentos, ordenou no mês passado que todos os funcionários voltassem ao escritório quatro dias por semana, após a decisão do JPMorgan em abril de pedir que a equipe sênior trabalhasse pessoalmente em período integral.

Aproximadamente um terço das empresas optou pelo trabalho totalmente ou principalmente em pessoa, de acordo com a pesquisa da Knight Frank, que cobriu empresas em todo o mundo em setores que vão desde tecnologia a serviços financeiros. A maioria, ou 56 por cento, das empresas optou por uma política híbrida, enquanto cerca de 10 por cento planeja ser maioritariamente ou totalmente remota.

Fonte: Cushman & Wakefild.